- Não aguento tanto drama, amor e safadeza... agora, trabalhado nas
canções.
- E você, tá bem com isso?
- Sinto como se alguém abrisse uma gaveta minha e bagunçasse ela inteira.
- Normal. Bem vinda ao mundo dos que se apaixonam.
- Próximos episódios de As Brasileiras: “A Apaixonada do Aquário” e “A Cruel da Praça Panamericana”.
- Eu tinha 3 aquários. Quero informa-la que não tenho mais nenhum.
- Peixe dos infernos!!! Mora até em gaveta agora! Mas ó, agora tenho um foco: me desintoxicar... de sms.
- Não. Espera. Melhor se preocupar com o remanejamento do mapa.
- Não consigo. A posição da Lua eu ainda não consigo controlar, esqueceu? Você tá apaixonada?
- Não, eu sou a que matou os peixes e vale lembrar que “quem dera ser um peixe” não é a melhor trilha sonora para o momento. Melhor desligar isso. Pega o tarô.
- Peguei água sanitária. Para acabar logo com isso. Jogo no aquário. Tive um peixe uma vez, o Hugo. Morreu. Mais um... tanto faz. Ele era de escorpião.
- O Hugo?
- Não, o peixe. Sim...o Hugo.
- (cara de tanto faz) Arruma a gaveta. Tem peça aí que não combina mais com a cor do seu cabelo.
- Não faz o menor sentido. Tá errado.
- O que? Nossa conversa? Ou esse peixe que você não consegue afogar?
- Uma gaveta bagunçada. Quer mais? Eu nunca fui em cuidar de bichinhos de estimação mesmo...
- Qual o pânico? Nenhuma gaveta fica assim pra sempre. Nem que seja com uma nova faxineira, ou na próxima estação, quando esvaziar o armário para roupas novas.
- Eu não sei conviver com isso. Pra mim não dá.
- Começa fazendo doações, então. Aquele amigo não disse que o importante é repartir? Faz isso, oras. Uma peça pra um, outra pra outro. Uma hora não sobra nada pra ficar bagunçado.
- Mas e o peixe?
- Joga num ninho de escorpião que eu não aguento mais. Você vai sobreviver. Ele, não.
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