segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Com que roupa eu vou pro casório que você me convidou?

Bom, casamento é sempre um evento que dá trabalho, né?

Não só para a noiva que passa meses pensando em todos os detalhas, mas também para as madrinhas e convidadas, sempre rola um planejamento e uma preocupação: com que roupa eu vou?

E dependendo do horário e local do casório,  a "Missão Vestido" pode ser mais complicada do que parece.

Falando de um casamento de dia, vamos pensar em um ambiente especial: um buffet mais descontraído.

Ai a chance de errar é ainda maior! Todo mundo quer estar linda e impecável, mas antes do nosso gosto pessoal, é preciso pensar em todo o cenário para não errar na dose.

Cores e formas devem estar em harmonia com todo o restante, afinal quem tem que brilhar nesse dia é a noiva.

Para as madrinhas  (sim, estou puxando a sardinha para o meu lado pensando no casamento da Marcela, minha afilhadinha linda) é sempre imprescindível ouvir as recomendações da noiva antes de tudo. Se ela pediu que todas usem longo, use. Se a noiva escolheu uma cor clara ou escura, que seja, não ouse desagradá-la. Afinal, se recebeu esse carinho da noiva que é ser a madrinha, retribua atendendo às suas orientações. 

Tons pastel (ou as candy colors, como dizemos hoje) caem bem em vestidos longos de tecidos fluídos e pouco estruturados. Fendas e saias esvoaçantes, se combinarem com seu biotipo, também podem ser usadas sem peso na consciência

Segue uma tabelinha com as cores mais indicadas para cada tom de pele:


Os tecidos mais indicados para casamento durante o dia são:
- seda
- chifon
- tule bordado
- rendas leves e moles





Vale considerar também a época do ano em que vai rolar o casório. No verão quanto mais molinho o tecido, mais o vestido combina com o evento.

Apesar da democracia do brilho e do bordado, se considerarmos que estamos falando de um ambiente mais leve e de um casamento de dia, escolher esses detalhes podem ser um tiro no pé.

Tecidos pesados como tafetá ou com brilho, como cetim, também podem parecer um pouco demais para um evento dessas características. O mesmo vale para vestidos com corpetes e bustos estruturados.

Além das madrinhas, isso vale também para as convidadas -  que podem usar curtinhos fofos, estampados diversos os coloridos.




Vale gola americana, regatas, tomara que caia ou frente única, mas sempre com cortes leves que não pesem o visual.

Nos pés, cuidado com os saltos! Sandálias são bem vindas assim como scarpins, mas se a festa for na areia ou na grama, saltos mais grossos são os mais indicados.

E o cabelo hein?! Bom, meio preso ou um preso bagunçado super combinam com vestidos de tecidos leves, mas aí vale o rosto e gosto de cada convidada.

Pelo amor! Não esqueça de reforçar o make para não derreter na pista! Uma dica é usar um bom primer antes da maquiagem e, depois de finalizada, sprays fixadores. Caso não tenha um fixador, feche bem seus olhinhos e borrife spray de cabelo (não ria! funciona!!! rs)

É isso =)







domingo, 14 de julho de 2013

..outra metade

"- A verdade é que ele é a outra metade que eu queria ser.
Ter? Não. Ser.

Ele é o que eu mais admiro, respeito e em tudo. Longe da perfeição e mesmo assim, admirável."

E dizendo isso, sorriu.Levantou da cadeira estreita e saiu da sala.

A imagem daquele sorriso registrado na penumbra da luz das velas ficou guardada em quem pôde ver. O registro mais honesto do amor sem compromisso mesmo tão distante da alegria de um romance.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Almoço com a Estrela

Nota: Minha avó perua, já se foi. Não almoço mais nesse lugar...acho que nem escrevo mais assim. Mas o que essa estrela me ensinou, tenho comigo para sempre.

Sempre aos sábados o movimento naquele restaurante aumenta. As mesas cheias onde desconhecidos almoçam lado a lado por falta de espaço e, muitas vezes, não trocam uma palavra.

Como eu, sabe? Não gosto que chegue alguém:" - Com licença, posso me sentar aqui?";. Não gosto mesmo; mas não digo não...É bem verdade que não gosto de almoçar sozinha. Mas o típico "papinho de elevador": - É...tá calor hoje, né?! não combina comigo.

E pra evitar esse tipo de situação, evito esse restaurante nesses dias. Mas naquele dia eu estava lá. Sentei na última mesa do último canto pra ser a última pessoa a ser vista. No geral, as mesas do canto são menos procuradas. Por mim, sem problemas.

E sentada, almoçando, comecei a observar. Uma velhinha - porque senhora é muito formal e ela era bem velhinha mesmo, de pele negra, cabelo bem branquinho, com um conjunto de saia verde musgo, lencinho de crochê branco na cabeça e toda ajeitadinha chegou e sentou-se na última mesa do último canto, onde eu estava. Organizou os talheres, o copinho de plástico com a água e levantou seu prato rezando baixinho. Acho que agradecendo por aquela comida.

Lindinha ela! Eu não conseguia parar de observá-la. Em seu prato arroz, feijão e uma coxa de frango. Aliás, o melhor frango do mundo: ela pegou-o com a mão e foi desfiando a carne com a ajuda da faca. Ali, quietinha. Indiferente ao
ambiente e as pessoas que a cercavam.

Minha mesa tava concorrida. Uma outra senhora sentou ao meu lado. Devia ter 70 anos. Eu já a vi algumas vezes por ali: sempre arrumada, maquiada e cheia de anéis. Muito parecida com minha avó (porque minha avó tem 83 e é perua mesmo!!!).

Pra falar a verdade, essa minha nova companheira de mesa devia estar ali há mais tempo. Mas eu só a vi quando disse: - Esse frango está maravilhoso, não?- se dirigindo a senhorinha do lenço de crochê. E essa continuou ali. Ela e o
seu frango, como antes: muda.

Eu já havia terminado de comer e continuei observando a velhinha. Acho que ela nem me viu. Terminou seu almoço, tomou sua água e repetiu aquilo que eu penso ser uma oração. Quando mexeu em sua comanda eu não pude resistir. Estiquei meus olhinhos maquiados: R$1,00. Olhei de novo pro copinho de plástico. Aquilo não era normal. Ainda mais naquele lugar. No mínimo, se encantaram por ela como eu.

Fiquei pensando com meus botões e ela, nem aí pra mim, levantou-se. Nem sei que rumo tomou depois disso porque fiquei ali, imóvel, absolutamente fascinada com a beleza daquela criaturinha que não passava de metro e meio calculando o quanto já viveu, o que já superou e o muito que me ensinou ali quietinha, comendo seu franguinho com a mão.

Sabe aqueles dias que tudo é tão simples e complexo que não tem o menor valor? Quando a gente precisa tomar uma lição de moral? Pois é! Ela adivinhou!!!

Voltei naquele restaurante hoje. Quem sabe ela estaria lá. Só encontrei aquela parecida com minha avó. Mas minha professorinha não.

Próximo sábado vou almoçar lá de novo. Sentarei na última mesa do último canto e esperarei por ela. Fazia tempo que não levava um chacoalhão da vida. E ela nem sabe o que fez...


Publicado em 06/01/2005: http://www.aradionave.jex.com.br/pataphysica/pandora+box

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Santa Baladeira Amém!


A cena: uma de minissaia, a curvinha do bumbum aparecendo (sim, quem frequenta balada sabe que isso é muito normal – estranho é mulher de calça), trançando as pernas de porre e dançando até o chão. A outra, de saia longa, rodeada de um monte de iguais, rezando – por vezes em silêncio, outras aos tambores) e em uma espécie de transe dançando também.

Normal uma garota usar o seu melhor vestido e perfume, tomar todas e mais algumas na  noite e acordar no outro dia contando de algum vexame que deu. Normal.

Agora, porque é tão bizarro imaginar uma garota, na mesma idade, de saia longa, reunida com os amigos numa igreja ou um terreiro, por exemplo?

Tá aí. Valores que pra mim são impossíveis de entender.

É bonito ser vagabunda e é ridículo ser religiosa. Oi?

Vamos do começo: eu sou dessas que (fora o redondinho aparecendo e o pileque) também dançam até o chão e viram a noite na balada. Normal né?

Aí, a fulana aqui, sem querer, comenta ter passado a madrugada em oração na praia (tava macumbando mesmo) e oh!!! Que menina estranha!

Gente!

Tô falando de mim que sou veinha (longe de ser religiosa, apesar de absurdamente crente) e muito bem encaminhada da vida, hein?! Imagina quando o assunto é sobre adolescentes que optam por uma vida menos “mundana”.

Se eu tivesse dito que peguei três na madrugada e dei vexame por causa da bebida, iriam rir. Mas não, eu tava rezando. E faço isso aos finais de semana. E não bebo, porque vou rezar ... e sou estranha!

O mesmo acontece com as amigas evangélicas que fazem vigílias, frequentam shows de música gospel ou as católicas que peregrinam a Aparecida do Norte. Mulheres estranhas....eu hein?!

Ah é! Tem as loucas também, coitadas! Magina? Deixar de ir à praia para cuidar de pobre? Que absurdo. Não curtem a vida, né?! Essas “minas” tão maluca mesmo.

Tudo bem que tem um monte de mulher doida de verdade: umas que esperam Gzuis pro café da tarde, outras que não fazem nada da vida porque o “santo” delas não quer, outra que acha que pode viver de luz e por aí vai.

Também sei (e tenho certeza) que nem toda baladeira é vagabunda, gente. Eu sei disso – e como disse adoro balada também.

Mas queria entender que mundo é esse em que ficar em casa é absurdo, não pegar ninguém na balada é impensável e não beber é quase um crime. 

Talvez seja por isso que a cada dia mais e mais pessoas se fanatizam em suas crenças, né? Porque pára pra pensar: se é nessa humanidade podre que eu tenho que acreditar, é de reza braba que eu preciso mesmo!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Centauro

Me pede constância e não entendo do que se trata. Eu volto. Sempre volto. Você insiste pra eu voltar e não consigo dizer não.
Teu abraço me isola do mundo e teu beijo é passaporte para uma viagem que adoro. 
Frequência é assunto. Mas passa. Acordo sem saber se sonhei ou foi o efeito da última caipirinha que não bebi e tento de novo, afinal, foi o que pediu, não foi?


Acho que fui eu que entendi errado essa sua cobrança por minha presença, pela frequência e a "saudade" que pronunciou no abraço porque o silêncio apaga tudo o que foi dito.
Dito e soletrado. Mas eu que errei. Entendi errado, não pode.Só pode.




quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Tambores


Dali, não tinha como resistir.
O som dos, a alegria das cores, os movimentos. Toda a atmosfera de festa me envolvia e fui até lá.
Contida, no começo, olhos para o chão. Há muito não passava por isso e tinha medo de não saber mais como agir.
Não precisava. Aos poucos, os movimentos tímidos e os passos controlados foram tomados por sorrisos e saltos. Leveza e alegria como nem lembrava sentir.
E a cada minuto ia sendo tomada pelas sensações e envolvida pelo momento, me entreguei... incômodos e dores apareceram. Mas a magia me pôs em transe e não percebi o quanto me fiz mal.
Eu me machuquei. Sozinha.
A música acabou – sempre acaba. E me sobrou a sensação boa do que vivi acompanhada de pés esfolados, doloridos a ponto de não poder tocarem o chão. A ponto de ter medo de ouvir qualquer outra música e apavorada em pensar nessa entrega doída outra vez.
E sempre dói. As vezes sangra e traumatiza.
Em uma próxima, me talvez eu vá mas com sapatos. Calçada pra me proteger da envolvente ilusão.
Culpa?
Minha. Deveria desconfiar.
Quem sou eu pra me entregar assim?
Logo cicatriza e talvez, antes disso, eu tente dançar com o amor outra vez.




domingo, 2 de dezembro de 2012

Bailarina


Mais uma vez surpreende.
Brilha como nunca.
Hoje como guerreira.
Armada
Mira na platéia...
Ele está lá...
Sente como se todos os refletores estivessem sobre ele
Mas era seu próprio olhar que o destacava.
Concentra-se
E dança.
Com sua alma...
Como uma arma.
As cortinas se abrem novamente.
O avista no grande teatro
E chora...
Ao som dos aplausos que estremecem o cenário
Foi brilhante!
Mas chora...
Por não conseguir ser mais que a bailarina.
Somente mais uma bailarina.
Errara o novamente tiro.


publicado originalmente em: A Radionave